Fomos recebidos por Jean Michel Giboulot para uma degustação vertical - 2010 - de todas as suas apelações.
O interessante era perceber a diferença de cada garrafa (ou terroir) visto que a cepa na Borgonha é sempre a mesma: charnonnay para brancos e pinot noir para tintos, então o que conta mesmo é o terroir: o solo, subsolo, geografia, inclinação, exposição solar e o trabalho do homem na vinha.
Existem também outras castas de uva (aligoté, cesar, sauvignon, gammay) mas representam a pequena minoria e não entram na composição dos grandes vinhos da Borgonha.
Como todas as amostras eram de 2010 os vinhos nao estavam completamente "terminado", alguns ainda estavam passando pela fermentação malo-latica, outros mais "fechados" ou "reduzidos" mas ainda vão se transformar bastante até estarem prontos para a comercialização.
Jean Michel tem várias de suas parcelas em agricultura orgânica e podemos sentir a diferença no copo! Muito interessante!
Terminada a vertical (varias apelações do mesmo ano) de 2010 passamos para uma horizontal (vários anos da mesma apelação) de Savigny-les-Beaune
Foram mais 15 garrafas passando por safras exuberantes 2005, 1999, 2003 à safras mais difíceis, e é ai que se mostra o bom vinicultor! Quem sabe fazer vinho bom em anos complicados!!
Parabéns Jean Michel!
O "Grand Final" foi uma garrafa de 1961 (50 anos!) que saboreamos com emoção!
Uma degustação memorável entre vinicultores amigos e sempre sob a tutela de Saint Vincent, o padroeiro dos "vignerons"!
